Hoje estou atrasada.
Mas uma vez, cheguei antes da hora.
Era 28 de maio de 1988 e vim ao mundo prematura, em um dia de festa em Ourinhos, casa cheia de parentes, show do Roberto Carlos. Cheguei causando.
Sou a Alessa, tenho 26 anos e morro de orgulho em dizer que sou formada em Design de Moda, afinal, o caminho que percorri até que eu pudesse dizer isso não foi fácil.
É complicado acordar todos os dias e convencer as pessoas da importância de uma profissão que, para você, soa óbvia e, para os outros, parece fútil.
Trabalho atualmente como Personal Stylist, (Confiram meu trabalho em www.alessapassos.com.br). E sim, estou fazendo jabá. Sabem como é, a crise tá foda.
Sou apaixonada por todo tipo de arte, desde criança. A minha vida sempre foi repleta de teatro, direta ou indiretamente. Enquanto meus amiguinhos queriam brincar de esconde-esconde ou jogos de tabuleiro, eu me fantasiava e inventava mundos particulares, onde vivia aventuras fantásticas extremamente realistas na minha imaginação. Era bailarina, princesa, palhaça, vilã, heroína, bruxa, fada e o que mais minha mente permitisse criar.
Talvez até hoje tenha certa dificuldade em separar o onírico do real, mas é uma das minhas características mais puras e únicas.
Sou sincera e falo demais. Respondo o que não me perguntaram e muitas vezes me permito agir por impulso. É uma falha muito grave no meu comportamento, que estou corrigindo aos poucos.
Tenho o péssimo hábito de fazer piadas em velórios. Acho que é o nervosismo e a bizarrice da situação. Fico tensa com aquele monte de gente olhando um corpo e tomando café.
A vida é uma piada, a morte é outra piada. Rio mesmo. Aliás, tenho um humor sem limites.
Peço desculpas desde já. Ou não.
Beijo, tchau.