Fonte: Submarino (mas sem jabá, nem desconto =/)

Sinopse: Quando Eddard Stark, lorde do castelo de Winterfell, aceita a prestigiada posição de Mão do Rei oferecida pelo velho amigo, o rei Robert Baratheon, não desconfia que sua vida está prestes a ruir em sucessivas tragédias. Sabe-se que Lorde Stark aceitou a proposta porque desconfia que o dono anterior do título fora envenenado pela manipuladora rainha - uma cruel mulher do clã Lannister - e sua intenção é proteger o rei. Mas ter como inimigo os Lannister pode ser fatal: a ambição dessa família pelo poder parece não ter limites e o rei corre grande perigo. Agora, sozinho na corte, Eddard percebe que não só o rei está em apuros, mas também ele e toda sua família. (Fonte: www.skoob.com)

Bom, primeiro preciso dizer que não assisti a série e que, por isso, vou comentar apenas as impressões do livro, que fui lendo em partes e aos pouco, naquele meu ritmo de horário de almoço de proletário. =D

Eu ganhei alguns volumes da coleção e demorei a me dedicar a eles (afinal, eu também ganhei o volume completo das crônicas de Nárnia, e que, pra mim, me chama muito mais a atenção). Mas depois de finalizar o primeiro volume, posso tecer algumas opiniões - principalmente depois de ouvir inumeros elogios a série, que me deixaram com um pé atrás.

Inicialmente,  preciso admitir. Não é a toa que comparam George R. R. Martin com Tolkien. De maneira análoga a Terra Média, Westeros tem um rico material descritivo durante o primeiro livro (e que espero que assim continue), com forte influência da Europa medieval. A diferença é que Westeros lembra a Grã-Bretanha, enquanto a terra média remonta a várias regiões da Europa.

Continuando nesse ponto, se Tolkien se dedica a criação de uma linguagem e de povos tão distintos, Martin se dedica a clãs e tradições. Um ponto a destacar é a importância que Martin dá as refeições, descrevendo-as com detalhes. Não tão extensivos quanto os de Tolkien, mas notáveis a sua forma.

Mas, a comparação acaba por aqui. Apesar de todos os elogios, o prelúdio da saga não me soou como novidade, tal qual alardeada pela internet e por toneladas de memes. Vários pontos de destaque da trama, como os assassinatos de personagens principais, por exemplo, não são absurdamente impressionantes.

(Um adendo aqui: se você acha Martin cruel, leia um Shoujo Mangá chamado Fushigi Yuugi, de Yuu Watase. É uma história dita feminina onde as mortes são tão trágicas quanto, fora que a autora não tem a menor pena de executar seus melhores personagens.)

Nesse primeiro volume não vi um plot twist ou qualquer coisa do gênero (que espero que venha depois). Creio que a história se baseia tanto no passado real que, ao lê-la, fiquei com a impressão de que mesmo os fatos surpreendentes da trama do primeiro livro eram lineares, até óbvios.

Outro ponto que não é nenhuma novidade: vários narradores, e o uso de um narrador completamente externo ao núcleo da saga (Daenerys). Aliás, o uso desa personagem como narradora chega a ser lúdico, para mostrar os estranhamentos entre a cultura de Westeros e das Dothkrati.

O ritmo variável do livro é um ponto a se destacar. A leitura flui como o tempo, lento e monótono em alguns momentos e veloz em outros. Isso também é algo necessário a uma saga tão longa quanto essa.

No mais, é leitura recomendada, desde que se tenha um tempo pra se dedicar a ela. E que venha o segundo volume (embora acho que só vou conseguir terminar de lê-lo ano que vem!)

Tem uma resenha? made-a pra nós no candangoweb@gmail.com