O tema Copa do mundo já está mais rodado que puta em dia de pagamento, mas ainda escrevo este post, o último sobre o tema, até porque a Copa acabou no último domingo com a conquista da Alemanha perante nossos Hermanos.
Quanto ao futebol brasileiro, restou o 4º lugar de forma vexatória e humilhante, em duas exibições para serem esquecidas, onde se pode ver que o time não tinha liderança dentro de campo e o técnico que deve ser o principal pilar do grupo se mostrou desorientado e perdido em suas escolhas.
A administração do futebol brasileiro, juntamente com a comissão técnica estarem perdidas e precisando de uma reformulação, não só tática e técnica, de mentalidade influenciou no resultado e no grupo, mas o que realmente faltou foi a experiência de jogadores rodados – não só na seleção, que são lideres em seus clubes.

Convocação do El Bigodon
Goleiros: Julio Cesar; Jefferson; Victor.
Laterais: Daniel Alves; Maicon; Maxwell; Marcelo.
Zagueiros: Dante; David Luiz; Henrique; Thiago Silva.
Volantes: Paulinho; Hernanes; Fernandinho; Luiz Gustavo; Ramires.
Meias: Oscar; Willian;
Atacantes: Bernard; Neymar; Hulk; Jô; Fred
fonte: www.merecedestaque.com

Minha convocação:
Goleiros: Rogério Ceni; Victor e Fábio.
Laterais: Daniel Alves; Marcelo; Maicon e Filipe Luis.
Zagueiros: Miranda; David Luiz; Thiago Silva e Dante.
Volantes: Ramires; Hernanes; Arouca e Fernandinho.
Meias: Oscar; Kaká; Philipe Coutinho e Ganso;
Atacantes: Hulk; Neymar; Luis Fabiano e Ricardo Oliveira.



E após o vexame contra a Alemanha e a apática exibição na derrota para o terceiro lugar, pode-se analisar que o comandante estava perdido, procurando por apoio, todavia não somente ele é o culpado, mas também quem administra o futebol brasileiro também o é.
O calendário diferente do resto do mundo é apenas um ponto, a exportação excessiva e as condições de jogo, veja as revindicações do movimento Bom Censo, o Brasil deve se espelhar no exemplo da própria Alemanha que desde 2000 está com um projeto de fortalecimento de seu futebol, onde a Confederação e o clubes abraçaram a causa por um futebol melhor.
Houve uma reestruturação geral – técnica, tática e principalmente de mentalidade – de todos os envolvidos no futebol alemão, e a seleção que no último domingo se sagrou campeã mundial de seleções – 4º título da Alemanha e o 1º do país após a queda do muro de Berlim, está sendo preparada desde 2006.
Então não adianta trocar os jogadores, não adianta trocar técnico e comissão técnica, nem trazer um treinador estrangeiro, se a mentalidade dos dirigentes do futebol brasileiro for a mesma, se meios de comunicação e patrocinadores tiverem a influencia que tem dentro da seleção, pois nada irá mudar, e uma mudança é necessária com urgência para ontem, porque o Brasil já foi o melhor futebol do mundo, já teve um diferencial, hoje é mais um na multidão e se não acordar logo estará nivelado por baixo no futebol mundial.
Sobre essa reformulação que a mídia está forçando a CBF a fazer, não que eu seja contra a renovação muito pelo contrário sou a favor, mas não será somente a troca de técnico e comissão técnica que vai resolver o problema, independentemente do técnico falar português, espanhol, mandarim ou marciano, a troca deve ser de mentalidade, para não dizer de cúpula mesmo.

O futebol alemão, agora Tetra Campeão, deixou interesses individuais de lado em prol de algo maior, em prol de um futuro melhor para o futebol do país, e no último dia 13 colheram o que plantaram, a Seleção Alemã foi impecável dentro e fora de campo, diga-se de passagem (parafraseando o “filósofo moderno” crack Neto).
O Brasil deve mudar sua ideologia, a soberba e o pensamento que é o melhor do mundo deve dar espaço para humilde e a ciência que atualmente está atrasado técnico, tático e administrativamente, pois enquanto isso não ficar claro para todos os envolvidos no futebol brasileiro, não importa se é o Guardiola ou o Zezinho da Silva que dirija a Seleção, o técnico ficará de mãos amarradas.
Outro ponto que deve mudar é a influencia da mídia no cotidiano e decisões sobre o futebol. Nesta Copa determinadas emissoras estiveram muito presentes nos bastidores e na concentração do Selecionado Nacional, e como outrora – 1938 e 1950 se não me falha a memória, o resultado foi o mesmo vexame, no século XX menor que o atual, mas os resultados são os mesmos: de ruim para baixo.

Para finalizar ressalto que não quero me por como dono da verdade, e agora depois da tragédia é fácil empurrar bêbado na descida, quero apenas salientar a opinião de um leigo que gosta de futebol e vê que sem as mudanças supracitadas o futebol brasileiro tende a se tornar obsoleto e a colecionar fracassos e vexames!!!