A cada 4 anos é disputada a Copa do mundo de futebol, e durante o período do torneio o povo brasileiro veste a camisa da seleção, pinta casas, carros, rostos de verde e amarelo, empunha com orgulho o Pavilhão Nacional mesmo sem saber quais são os símbolos nacionais ou a letra do Hino Nacional, se o Brasil é campeão após a final esses elementos estão presentes mais do que nunca nas ruas em meio a euforia do povo, e se o Brasil é eliminado o sentimento é de luto total e qualquer coisa que faça menção ao fatídico dia da eliminação e do torneio são escondidos, guardados o mais rápido possível, e ficam no armário até o próximo torneio de seleções.
Diante do exposto uma questão pode ser levantada, porque o brasileiro tem esse sentimento ufanista apenas durante a Copa? O brasileiro ama seu país, apesar de não ser uma nação perfeita, todavia culturalmente não existe o culto a bandeira igual em outros países, por exemplo. O hino nacional é um dos mais belos do mundo, isso ninguém pode negar, mas poucas pessoas conhecem a letra, e menos pessoas ainda sabem o significado de algumas palavras. Não sei como é agora, mas no meu tempo uma vez por semana era cantado no Hino Nacional na escola.
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Outro ponto que, na minha nada humilde opinião, contribui para que o brasileiro mostre seu amor pela pátria apenas a cada 4 anos, é que o Brasil nunca foi um país briguento por assim dizer, podem lembrar das Guerra da Cisplatina e a Guerra do Paraguai mas é para outro post, e desde o fim da Guerra Fria (1991) o mundo vive um período de paz, o nacionalismo em si não é valorizado, até devido a globalização e tal, fazendo com que em raros momentos os povos devam de fato mostrar seu amor e lealdade por sua nação.

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Em suma, o povo brasileiro – creio que principalmente após 1985 – não tem a cultura de glorificar seus país – e seus símbolos, exceto em períodos de Copa do Mundo. O povo ama, mas não demonstra até porque não tem motivo para isso. É claro a cultura deve mudar o Pavilhão e os demais símbolos devem ser vistos e reproduzidos no cotidiano popular, a história da bandeira, assim como da nação deve ser falada e ouvida. Histórias devem ser contadas não só por historiadores, mas também pelos agentes da história, os senhores e senhoras da melhor idade, que devem ser valorizados. Isso tudo demanda tempo e uma mudança na mentalidade e cultura de uma população de mais de 200 milhões, mas o primeiro passo seja dado, senão o ufanismo será visto apenas de 4 em 4 anos.