Quando você resolver defender uma posição sobre algum assunto, antes de divulga-la, tente obter o maior numero possível de informações sobre sua tese. 
Sobre a maioridade penal por exemplo, você sabia que, biologicamente, o cérebro de um adolescente ainda está em formação? E que só restará totalmente formado por volta dos 20 anos? 
Você já foi adolescente, lembra-se das besteiras que fez? Lembra-se de achar que podia dirigir completamente alcoolizado ou em alta velocidade, porque você era "o piloto"? 
Que podia fazer sexo sem nenhuma proteção que jamais contrairia alguma doença ou arrumaria um filho pra criar? Que em possíveis brigas, você sempre levaria a melhor? 
Isso acontece porque o adolescente tem uma falsa sensação de "eternidade" por assim dizer, não consegue ver as consequências do todo, não é possível pra ele, analisar as situações da vida de forma adulta e razoável porque ele, simplesmente, NÃO É ADULTO!
Some a isso uma bomba de hormônios, uma má formação educacional, o descaso social das autoridades e, não raro, uma família ausente ou destruída e pronto, está feito "seu marginal armado, drogado e perigoso!"
A sociedade tende a eleger monstros para culpar.
Já culparam as bruxas, os judeus e o diabo pelas mazelas da humanidade. Atualmente, culpam as mulheres por terem sido estupradas, os políticos (que, previamente, eram sabidamente corruptos), a Justiça que só faz cumprir a lei que, por inercia e comodismo, o próprio povo deixou ser aprovada e, mais recentemente, os menores pela violência no país.
Além do mais, o mesmo cidadão de bem que pede que o filho dos outros mofe na cadeia, defende o seu, que atropelou a senhorinha na faixa de pedestres no carro do papai, quando ultrapassou o farol vermelho ou quando estava dirigindo completamente bêbado. O filho dos outros (geralmente dos menos favorecidos economicamente) é bandido, o meu é só uma criança irresponsável. 
Aquele que grita: "tem de prender esse bandidinho e deixar apodrecer na cadeia" ou "bandido bom é bandido morto" é o que diz ao delegado: "Pode deixar, Doutor! Vou ter uma conversa seria com ele, quando chegarmos em casa", quando seu filho comete um crime.
Veja, não temos no ordenamento jurídico "criminho e crimão". Tudo é crime, com penas diferentes é verdade, na melhor tentativa de equilíbrio que a Justiça achou possível, porém, cometido o crime, independente da pena a ser aplicada, o autor dele é réu, é criminoso e pronto.
É bem verdade que alguns crimes cometidos por menores chocam a sociedade, são de uma barbárie e crueldade raro de se ver, mas é isso, esse é o ponto: RARO!
Não é todo menor que comete crimes monstruosos, a maioria esmagadora dos crimes cometidos por menores são de pequeno potencial ofensivo. São pequenos furtos, sem agressão à pessoa,  sem uso de armas. Na maioria das vezes, esses crimes são cometidos para sustentar a dependência química ou comprar coisas que, a sociedade dita que eles devem ter pra serem aceitos, porem, os pais não lhes pode fornecer. Veja, não estou defendendo a impunidade, tampouco o comportamento do infrator, apenas tentando mostrar a vocês o quadro como ele se apresenta.
Uns meses atras, eu via pais totalmente engajados para aprovação da Lei sobre a publicidade infantil. Afinal, a sociedade influenciava a decisão de escolha de seus filhos e eles eram incapazes de dizer NÃO  quando estes lhes pediam os sticks de frango da turma da mônica, mas acham absolutamente imperdoável, um adolescente querer um tênis a ponto de roubar por ele. Ora, o exemplo é extremo, mas o principio subjetivo da situação é o mesmo!
Entenda que se a Lei baixar a maioridade penal, não vai ser só a minoria bárbara que vai pra cadeia, os pequenos infratores também irão porque a Lei é pra todos!
O problema da violência não são os menores infratores, isso já foi demonstrado e comprovado por muitas estatísticas apresentadas por países onde a idade penal é baixa. A diminuição da maioridade penal não vai fazer diminuir a violência, isso é um problema social muito mais complexo. Depende de melhora na educação, maior renda e a melhor distribuição dela, capacitação profissional, geração de emprego, etc, etc. 
Pense bem, analise melhor a situação como um todo, busque por mais informações e, se ainda assim, você concordar com a redução, ok, mas pelo menos você faz isso bem informado e fundamentado. 

Então é isso.
Beijo e tchau!