Uma coisa boa de alguns filmes é a facilidade de prender nossa atenção com a estranheza de seus personagens. “Aqui é o meu Lugar” consegue fazer isso muito bem. Estrelado por Sean Penn o filme conta a história de Cheyenne, um decrépito e milionário roqueiro oitentista aposentado. Que ao descobrir que seu pai está morrendo em Nova York, se vê obrigado a deixar uma rotina de aplicar batom e lápis pela manhã, monitorar ações na Bolsa de dia e ser avistado por fãs pelas ruas de Dublin. Para receber uma missão incontornável: encontrar em algum lugar dos EUA o velho nazista que humilhou seu pai em um campo de concentração na Segunda Guerra.
Cheyenne não conversava com o seu velho há 30 anos e sequer seguia a religião da família, mas mesmo assim, aceita a missão. E o motivo é o seu profundo remorso. No fim das contas, Cheyenne não procura um lugar. Ele procura uma dor que seja legítima, que combine com seu estado de espírito, seu desejo de purgação. O roqueiro reclama que escrevia canções depressivas nos anos 80 só pra ganhar dinheiro, e é em busca de uma dor de verdade a do seu pai na passagem pelo Holocausto que o motiva a ingressar nessa jornada de autoconhecimento e transformação.
SE VALE OU NÃO A PENA ASSISTIR?
Digo que vale. Pois alguns filmes surpreendem pela capacidade de envolver o espectador, mesmo que causando certa estranheza. “Aqui é o Meu Lugar” é assim, e merece ser degustado por nossos olhos. Fica a dica.
Link do trailer: https://www.youtube.com/watch?v=XCYlV75B3Vk
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