Uma das ideias, como boa parte da redação trabalhou ou trabalha em call center, é contar nossas histórias de atendimento nesse trabalho, no mínimo, exótico. Tenho prazer em estrear: Vida de Call center!
Bom, todo funcionário de call center é orientado a não utilizar telefone celular no período em que trabalha. Seja por causa da distração que um smart phone pode provocar, seja pelo vazamento de cadastros via fotos, ou pela interferência que os aparelhos celulares causam em alguns equipamentos, como os telefones dos Pontos de Atendimento (PA's - as baias onde o atendente trabalha com seu telefone e computador). Ou seja, existem vários motivos para a proibição, e essa é martelada diariamente na cabeça do operador.
Fonte: crieseumeme.com |
Mas, vamos ao nosso causo. Eramos da equipe da tarde, começávamos nossa jornada entre as 14 e as 15 horas. Era um dia normal, porém, notamos que um colega de trabalho, que chamaremos de DU (anotem, esse cara vai me render uns causos), não havia chegado. Quando o pessoal do período noturno começou a chegar, lá pelas 17h30, percebemos que o DU chegou, e ficou papeando com seu supervisor da noite. O supervisor logou, passou ordens pra sua equipe, e continuou papeando com o DU.
Nesse momento, NIN, WANDO (outro que gerará causo aqui também) e eu falávamos para que DU logasse, afinal, eram apenas 18h30, e o infeliz não havia logado no sistema, procedimento que registra o início da jornada de trabalho.
WANDO: Caraca, só 4 horas atrasado, hein?
DU: O que importa é que cheguei! [imitando a voz de rei Julian, personagem de Madagascar]
No que o nosso colega loga, a nossa supervisora, que estava mais afastada de nós, imediatamente liga no celular de DU. Todo mundo gesticula desesperadamente para lhe informar que era a supervisora ligando pra ele. Ele olha pra gente, com aquela cara de desdem, e atende o telefone:
DU: Alou?
SUPER: boa noite, gostaria de falar com DU?
DU: É ele mesmo.
SUPER: DU, é a SUPER. Onde você está? Você apareceu logado só agora as 18h40.
DU: Estou atrás da senhora!
Nesse momento, DU se levanta, com o celular em mãos, e dispara, imitando novamente o lêmure e apontando o dedo, como em desaprovação, para a supervisora:
"NÃO PODE CELULAR NA P.A.!"
E bora Du, levar uma suspensão e um sermão de meia hora... onde ninguém de um quatro da célula de atendimento da empresa conseguia trabalhar,de tanto dar risada...
Tags: Cotidiano, humor, vida de call center
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